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Monday, July 1, 2013

Chega de ficar perdida

 As férias chegaram... e agora?

 É incrível como já faz uns dois anos que essa pergunta me surge na cabeça quando o semestre letivo acaba e que férias virou sinonimo de "desconhecido"... Eu fico pensando o como antes a palavra férias significava duas coisas: casa da minha avó e visita das minhas primas, e como essas duas coisas simples quando combinadas se tornavam algo tão especial.

 Acho que não tinha nada que eu e a Alice não fazíamos... enchíamos o quarto da minha vó com linha vermelha para todo lado para imitar a cena dos filmes de espionagem e criamos uma peça de teatro patrocinado pela Pampers, sempre montávamos uma barraquinha na sala, mas nunca chegávamos de fato a dormir nela como planejado e por algum motivo gostávamos de brincar que estávamos na escola e que éramos inimigas que ficavam se trombando e brigando (sério, porque isso? haha). Mas o melhor dos nossos feitos eram aqueles que envolviam a Vitória (irmã da A.) e o nosso eterno plano de roubar o seu livro para que ela (finalmente) brincasse conosco.

 Foi ai que descobrimos o quanto nossa mente de cinco, seis anos podia ser usada para o lado negro da força. Nossas estratégias eram impecáveis, usávamos e abusávamos das últimas tecnologias (e as vezes até um poster do mickey) e sabíamos muito bem como dividir nossas tarefas. Eu, por algum motivo, sempre ficava com a função de distrair o nosso Alvo e ,modéstia a parte, realizava essa tarefa com mérito, conseguindo até mesmo distrair minha parceira, responsável em capturar o nosso Inimigo (o livro).

 Não preciso dizer que por essas e outras nossos planos fracassaram várias vezes e quando eles funcionavam, novos inimigos surgiam no nosso caminho (a televisão é um exemplo, aquela bastarda). Mas também não preciso dizer que até hoje quando paramos para lembrar, nós três choramos de tanto rir e vemos o quanto a vida é meio engraçada desse jeito por ter tornado eu e a Alice tão viciadas em leitura quanto a Vitória era e é até hoje.

 Essa fase de missões passou, mas continuamos a fazer de tudo mais um pouco: teve as férias do truco (também conhecida pelo Grande Ataque do Miguel (meu papagaio)), aquela em que a gente assistiu Harry Potter e o Cálice de Fogo umas quatro vezes, as das célebres frases "canibal come batata" e "Giu sua língua caiu", entre outras. 

 Mas e agora? Eu e a A. crescemos e muitas coisas foram deixadas de lado. O desconhecido chegou e de certa forma eu fiquei meio perdida... e foi nesse período de limbo que eu percebi uma coisa: só porque nós crescemos, não significa que ainda não podemos deixar as vezes a nossa criança interior sair e brincar um pouco... Poxa, não foi em Janeiro que nós não fizemos uma mega guerra de água e lutamos a tarde inteira? Ou fizemos um monte de escultura na areia da praia e ensinamos as criancinhas a construir um belo de um castelo? 

 O que eu quero dizer é, dá sim para usar esse tempo livre e fazer algo assim, meio bobo, só para você e a criança que vive ai em seu coração. Que também é possível aproveitar esse período para fazer aquilo que você sempre sonhou mas nunca conseguiu ou teve coragem de fazer e resgatar aquela magia que você lembra da sua infância.

 Esse post é para anunciar o fim do limbo. Eu não estou mais perdida, criei algumas metas para esse mês e pretendo tornar elas reais e se não der, bom, a vida continua, pelo menos vou ter certeza que aproveitei o máximo. Eu quero realizar algumas mudanças na minha vida que fiquei adiando até agora, quero conhecer alguns lugares que estão bem perto mas que nunca cheguei a visitar e quero fazer algumas coisas bobas mesmo, porque eu mereço as memórias que elas vão proporcionar e a vida não foi feita para ser levada tão a sério.

 Finalizo esse post desejando a todos um ótimo mês, independentemente se você estiver trabalhando ou não, e dando forças para aqueles que pretendem, assim como moi, usar seu tempo livre para começar a correr atrás do que quer e também se divertir muito enquanto faz isso.

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